Precisando contornar situações de bastidores, e inclusive financeiras, para manter o foco do time somente no campo na reta final da Série D, o técnico Danilo Portugal ainda não sabe se continua no Joinville para o restante da temporada. Logo após a vitória contra a Ferroviária, no último sábado, o profissional deixou claro que precisa de garantias por parte da diretoria tricolor para dar sequência ao trabalho.
– Eu preciso resolver o passado para pensar no futuro. O clube precisa começar a trazer esperança. Esperança é completamente ligada a resultado. Por isso que reforço, a gente tem que alinhar expectativa com realidade. O que a gente tem e o que vamos buscar, não pode ter diferença nisso pra não vendermos uma imagem errada e haver uma cobrança desnecessária. E tudo isso passa por planejamento. Digo isso porque o Joinville é muito pesado. Talvez vocês daqui não consigam ter essa dimensão, mas eu que venho de fora sei muito o peso que tem esse clube.
Coerente, Danilo só vai retomar os trabalhos após se reunir com o presidente e diretores. O encontro está marcado para a tarde desta quarta-feira, na reapresentação do elenco, no CT. Segundo ele, a conversa é essencial para traçar o futuro e ter o respaldo de garantias.
– Sentar, buscar soluções e alinhar o que a gente tem e o que vamos buscar. Precisamos ter paz e tranquilidade pra trabalhar. Não só os jogadores, mas todos os funcionários.
Se não chegarem a um acordo, o profissional está disposto a deixar o clube.
– Eu só tenho a agradecer ao Joinville pela oportunidade. Agradecer a todos os funcionários que trabalham aqui, porque vocês não têm noção do que eles fazem por esse clube, por amor mesmo. Se essa for a minha despedida, eu só tenho a agradecer a tudo que eu vivi aqui.
Contratado como auxiliar junto com Zé Teodoro no fim do ano passado, Danilo Portugal assumiu o JEC após a demissão de Felipe Surian, ao fim do turno da primeira fase do Brasileiro. Em três jogos, venceu dois e perdeu um, totalizando 66,66% de aproveitamento.
– Confira a entrevista pós-jogo na íntegra:
Texto: Thiago Borges
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