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Elton Carvalho: “O resultado foi ruim, mas poderia ter sido muito pior para o JEC”

O jogo desta quinta-feira pode ser analisado sob várias perspectivas. A mais óbvia, a do resultado, é de que o JEC desperdiçou dois importantes pontos na briga pelo G4 do Campeonato Catarinense. Se tivesse vencido em casa, o Tricolor seria o sexto colocado, um ponto atrás do Brusque, quarto lugar. Estaria muito vivo na luta pela classificação às semifinais, algo pouco cogitado até o momento.

Por outro lado, também sob a perspectiva do resultado, se o empate não foi bom, não é possível considerá-lo um péssimo negócio diante das circunstâncias. Isso porque o Joinville perdia até aos 44 minutos do segundo tempo. Ou seja, se recuperou no fim e evitou um cenário complicado na sequência do Estadual. Tivesse o Hercílio Luz vencido, o time de Tubarão teria 13 pontos, três a menos do que o JEC – ameaçando a vaga na Série D de 2020. Com a igualdade, a diferença se manteve em seis pontos, bem mais confortável.

O desempenho do Joinville diante do Hercílio Luz também foi bem abaixo do desejado, o que torna o empate algo mais “aceitável”. Com dificuldades na produção ofensiva – muitos erros de passes e lançamentos – o Tricolor ofereceu pouco perigo ao time do Sul do Estado. Para piorar, teve uma noite com seus atletas desligados, cometendo erros bobos e oferecendo oportunidades aos visitantes. Os destaques individuais pouco apareceram.

Ainda sobre a desconcentração, o lance do pênalti cometido por Marlon é um bom exemplo. O defensor não poderia estar com o braço aberto daquela maneira na hora do chute de Juliano. Assumiu o risco e o JEC pagou caro pelo gol, anotado por Kairon. Mas este foi apenas um dos erros de Marlon. Ele, Arêz, Luan e Erick Daltro foram mal na partida – repetindo performances ruins das rodadas anteriores, o que comprova que, hoje, o sistema defensivo do Joinville é o setor mais frágil da equipe. Não é à toa o fato de ter levado gols em 12 dos 15 jogos disputados em 2019.

Os lapsos do Joinville no jogo vieram no fim do primeiro e do segundo tempo, em momentos que a equipe se aproveitou da bola parada ou de lançamentos para a área. Com a defesa do Hercílio encontrando dificuldades, o JEC ameaçou mais neste tipo de jogada. Antes, com a bola rolando, nada deu certo, nem as jogadas por dentro nem pelos lados.

A avaliação do resultado tem ainda uma última perspectiva, que torna o empate algo a se lamentar: o erro grave do árbitro Ramon Abel, que não marcou um pênalti claro para o Tricolor no fim do confronto. O lance é idêntico ao assinalado a favor do Hercílio, o que torna o erro ainda mais criticável pela falta de critério. Victor Guilherme, com o braço aberto, interrompe a trajetória da bola. Ou seja, não há dúvida de que houve o pênalti.

É preciso apenas fazer a ressalva que também não houve falta de Luan sobre Léo Costa. Desde a origem do lance (veja abaixo, nos melhores momentos) os dois disputam a bola juntos e o volante começa a cair antes mesmo de Luan tocar na bola. Conclusão: o pênalti deveria ter sido marcado. Não é uma garantia de que o Joinville venceria o jogo, mas haveria boa chance.

Pensando sob a perspectiva de futuro, está claro que Felipe Surian terá bastante trabalho. O JEC precisa de correções urgentes na defesa. São elas que tornarão o Tricolor competitivo na Série D. Sem elas, o time não conseguirá avançar no torneio. Ofensivamente, é preciso concentração para que o fácil (passes e lançamentos) não se tornem algo problemático como no jogo desta quinta-feira.


Texto: Elton Carvalho
Foto: Júlio César/JEC.com.br

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