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Copa SC

Agnello Gonçalves abre o jogo sobre o momento do JEC

Após a saída de Wagner Lopes, o executivo Agnello Gonçalves atendeu aos profissionais de imprensa que acompanham o  Joinville. Na conversa que aconteceu na manhã deste domingo, dia 14, no CT, o responsável pelo departamento de futebol do Tricolor explanou vários problemas estruturais que impedem o Coelho de vislumbrar uma melhoria significativa no curto prazo.

Abaixo, veja os principais pontos da entrevista.

– Salários atrasados

Pagamos julho e amanhã devemos pagar a primeira parte de agosto. Eu não estou encontrando dificuldade para gerir o ambiente. A minha maneira de trabalhar é muito fácil. Quando eu perceber que os jogadores não estão comprometidos por este motivo, vou falar. Eu sou o responsável pelo futebol, mas precisamos pontuar os vários outros problemas do Joinville.

– Estrutura interna

O Joinville não pode ter subdivisões, não pode ter divisão de marketing, base, futebol… Quando se divide, acontece uma guerra interna. Um quer ser melhor que o outro. Fica o meu pedido para uma sinergia interna entre os departamentos. Precisamos ter uma metodologia no clube como um todo. Hoje, por exemplo, não existe uma sequência na base. Todo mundo faz o quer, não tem uma metodologia específica. Precisamos debater mais o jogo. Fazemos pouco isso no Joinville.

– Ausência de questões básicas

Falta mesa, cadeiras para realizar um trabalho do departamento de inteligência. Não temos uma lavanderia. A gente tá com uma sala de reuniões parada pois não temos o básico para reunir os profissionais. A gente tá com quatro jogadores da base que não temos dinheiro para inscrever. O nosso profissional de captação não pode sair do clube pois não temos condição de ele ficar em outras cidades buscando jogadores. São vários outros problemas…

– Necessidade de aporte financeiro

A gente já apontou os problemas do futebol, mas fica impossível fazer futebol sem aporte financeiro. Não temos dinheiro. Temos que baixar a expectativa do torcedor pois a realidade do Joinville é diferente, não é mais uma realidade de Série A.

– Dinheiro não é o único problema

Eu deixo o meu pedido de paciência, pois não é simples. Não é só dinheiro, é organização. Tá faltando os dois. Não é pagando em dia que a gente vai voltar a ganhar. Pra voltar a vencer temos que apelar aos aspectos multifatoriais e até agora o clube não conseguiu essa sinergia.

– Baixo rendimento na Copa SC

O nosso time é muito jovem, 75% possui menos de 23 anos.  A gente precisa qualificar os nossos jovens, dar condições de trabalho. Se eu não tivesse promovido os garotos da base nós não teríamos time na Copa SC, ia faltar gente pra treinar. Estamos pulando etapas.

– Quanto precisa ser esse novo aporte?

R$ 200 mil por mês. Precisamos de uma folha de R$400 mil para o profissional, se desejamos fazer um trabalho com desenvolvimento nos setores, visando um outro tipo de evolução, um modelo diferente do que acontece no Brasil. Mas o aporte só virá quando a gente mostrar organização, credibilidade e honestidade. Ninguém vai aportar valores em lugar nenhum se não tiver esses três quesitos.

Assista a coletiva na íntegra clicando aqui.

Texto: Gabriel Fronzi
Foto: Beto Lima/ JEC.com.br

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